Cicloaviagem nas Serras Verdes Cicloturismo, Minas Gerais – Parte 1
Distância: 232 km
Altimetria: 5900 m
Duração: 6 dias
Cidades MIneiras: Sapucaí Mirim, Monte Verde, Extrema, Camanducaia, Córrego do Bom Jesus, Gonçalves, São Bento do Sapucaí
Quem fez parte da trupe
Éramos quatro: eu a Lica (59), Ana Laura (38), Sofia (48) e Daniela (49). Amigas bem-humoradas, cada uma com sua bagagem e tempero: uma mais experiente, outras estreando no mundo das cicloviagens. Entre nós, sagitário, escorpião, menopausa, climatério e até “tico-tico no fubá”! Tudo junto, misturado e muitas histórias.
Eu e Ana já tínhamos rodado juntas por várias rotas de cicloturismo. Sofia se juntou à trupe em 2024, encarando logo de cara a Serra da Bocaina como sua primeira cicloviagem – e se saiu muito bem, mesmo sendo duríssima. Dessa vez, quem veio estrear foi Daniela, comprou uma bike nova e as bolsas de bikepacking na @arestaequipamentos e também mostrou a mesma força e bom humor.
No fundo, tínhamos muito em comum: trabalhamos com desenvolvimento de território, turismo cultural e comunitário, agroecologia, agricultura familiar e regeneração. No pessoal, somos apaixonadas por roça, cachoeira, vida simples, cultura, cerveja, esporte e natureza. Então, imaginem: as conversas e os olhares no caminho eram um abraço constante, regados de afeto e respeito.
Por que a Rota Verde?

Eu sugeri essa rota como a primeira experiência nas Serras Verdes porque queria conhecer algumas cidades sobre as quais sempre ouvi falar maravilhas e também como trabalho com cicloturismo e cultura queria saber mais sobre o projeto Serra Verde Cicloturismo que já achava muito bacana pela forma como foi divulgado e entender melhor essa iniciativa. E, claro, sabia que teria muito verde, floresta e água – e isso sempre me chama. As meninas toparam de cara.
Antes da viagem
A aventura começou oficialmente no dia 31/07, mas antes disso tivemos que pensar nos equipamentos, na revisão da bicicleta, o que levar, por onde começar, as distâncias e elevações de cada dia, pomadinha anti atrito para as possíveis assaduras (sempre recomendo), enfim! cuidar do necessário e não levar peso desnecessário.
Também, contamos com a ajuda de Clodoaldo, responsável junto com uma equipe muito bacana, pela promoção do Cicloturismo Serras Verdes na IGR. Ele nos passou informações preciosas: onde se hospedar, as dificuldades do caminho, festas e datas importantes da região. Fizemos um levantamento de pousadas e restaurantes, lembrando que, dependendo da época do ano, principalmente em alta temporada, é melhor reservar com antecedência ou se informar sobre o movimento. Por exemplo, em hospedarias peregrinas pode chegar um grupo grande e ocupar todos os leitos em um único dia, enquanto no seguinte já há vagas de sobra.
Hospedagem X Gostosuras

Optamos por hospedagens familiares, aquelas que oferecem calor humano (como a casa do Chiquinho em Córrego do Bom Jesus), boa prosa e uma experiência afetuosa. Para nós, a rotina era simples: chegar, tomar banho, comer e descansar em uma cama quentinha, até porque a temperatura pela manhã dificilmente passava dos 5°, em alguns dias até geada. Assim, íamos reservando de um a dois dias antes, ajustando conforme nosso ritmo e o que o caminho nos mostrava.
Vale lembrar que, dependendo da cidade, existem hospedagens de todos os níveis e estilos. No nosso caso, preferimos economizar na hospedagem para investir em comida boa, cerveja artesanal, produtos diferenciados e até lembrancinhas para levar como presente.
Quer saber como foi o dia a dia dessa cicloviagem? Então veja nossa próxima postagem.