POR TRÁS DAS CENAS: A cultura, os engenhos de farinha e a cachaça do sul de SC (2/2)

POR TRÁS DAS CENAS: A cultura, os engenhos de farinha e a cachaça do sul de SC (2/2)

Continuação sobre Cicloturismo nos Engenhos de Farinha de Santa Catarina

Esta é a segunda postagem sobre a elaboração de um roteiro de cicloviagem pelo sul de SC, focado nos engenhos de farinha, nas tradicionais farinhadas e nas cachaças artesanais!  Para ler a primeira parte, clique aqui.

No terceiro dia, seguimos para Garopaba, tomamos um café reforçado, passeamos no centro histórico e nos encontramos com Claudete, que nos deu outras dicas e esclareceu nossas dúvidas. Prosseguimos sentido Ibiraquera pela rodovia contornando a lagoa de Garopaba. Lá, fomos empurrando as bikes até acessarmos uma trilha encantadora na fazenda Gaia, com restinga, dunas e mata fechada até a praia do Ouvidor. 

Curtimos o visual e o frescor do mar, mas decidimos não mergulhar por ali. Com aquele  sol forte, pedalar com água no corpo não seria confortável. Continuamos pela Vila da praia do Rosa, onde demos um mergulho antes de percorrermos o caminho que dá acesso ao nosso último local de visita, a Associação Comunitária Rural de Imbituba (Acordi). Lá ocorre a tradicional Feira da Mandioca, onde fazem um trabalho de dar água na boca com os butiás. 

Estávamos a menos de 3 km do nosso destino achando tudo lindo, mas quando nos demos conta havíamos entrado em um acesso secundário por uma enorme duna com pouca vegetação. Apesar de muito cansadas, rimos  até da desgraça! Empurramos mais um pouco as bicicletas até chegarmos ao barracão da Acordi, onde pudemos nos hospedar, tudo pré organizado pela simpática coordenadora Marlene.

 

No quarto dia, passeamos pela Associação com o produtor rural e mestre forneiro Neim – ele nos disse que aquela é a Comunidade Tradicional dos Areais da Ribanceira. Conhecemos as roças de mandioca, aprendemos sobre as festas e atividades da Associação e vimos o belíssimo engenho. Foi um dia muito especial, só não sobrou tempo para conhecer os butiazais. 

Em seguida, decidimos esticar a viagem até a praia do Gi, em Laguna, onde está a famosa Pedra do Padre, então pedalamos mais 60 km! Totalizando foram cerca de 180 km.

Com essas informações já conseguiria elaborar um roteiro bacana e desafiador na medida certa.

Foi tudo muito lindo, a companhia de Andresa é deliciosa, e assim seguimos descobrindo novos e empolgantes caminhos. Chegamos da nossa viagem exaustas, e logo em seguida veio o isolamento social. Isso me trouxe mais vontade de viajar, força, ambição de transformação, amor, serenidade, sonhos, empatia… Mais vida! Mas para isso, é preciso esperar melhores ventos para percorrer esse roteiro com segurança a todos.

Beijo à distancia,

Lica!

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